Finalmente no passado dia 30 tive oportunidade de participar
numa prova de volante na mão, e para ter as mãos mais ocupadas também tive que
por a mão no óleo.
Foi no Rali Sprint de Porto de Mós organizado pelo Núcleo de
Desportos Motorizados de Leiria, no traçado da antiga Rampa realizada no final
dos anos 70 e início de 80.
Foi com alguma espectativa que fui para a prova, pois já à
muito tempo que não participava em nada semelhante e já sabia que o carro,
mesmo tendo vindo a melhorar bastante nos últimos tempos, ainda lhe falta
algumas coisas para estar ao meu gosto.
Assim, domingo de madrugada lá rumamos a Porto de Mós,
juntamente com uns amigos que também iam participar, e com os meus dois
navegadores.
Chegados lá, tralha arrumada e lá vamos para a primeira
subida de treinos. Piso ainda frio, piloto além de frio enferrujado, Zé
Oliveira a cantar notas por aí acima para não haver enganos em algumas curvas
que eu não me lembrava bem para que lados eram, e um tempo razoável, que me
deixou animado para fazer uma prova certinha dentro das possibilidades. A
primeira confirmação que tivemos foi a de que tenho mesmo de trocar a caixa do
carro, pois esta relação não é nada indicada para este tipo de provas, (tenho
que montar uma segunda e meia ;o)
De seguida segunda subida de treinos, desta vez com uma
navegadora a fazer a sua estreia, a minha filha Rita. Subida certinha, já a
melhorar algumas trajetórias, e no final menos 1 segundo ao tempo anterior.
Uma pequena pausa para o briefing e era tempo para a
primeira subida de prova, em que iriamos fazer o tempo de referência, que
teríamos que tentar igualar nas duas subidas seguintes. Já muito calor, e
novamente com o Zé Oliveira ao lado, lá fomos para a partida, onde um pouco
antes o carro começou a ficar estranho, pois o relantim começou a subir muito.
Ainda fui ver se não se teria soltado alguma mola de retorno do acelerador, mas
estava tudo no sítio e lá nos fomos para a partida. Arranque, segunda, terceira
e o carro começa a perder velocidade. Umas vezes soluçava e quase parava (só
não o fiz porque era uma zona onde não o podia fazer em segurança), depois lá
queria começar a andar, e só depois de mais de meio da Rampa é que voltou a
funcionar normalmente e como resultado, tivemos um tempo 23 segundos pior do
que tínhamos feito nos treinos, estava a possibilidade de algum resultado
razoável arrumada. Para baixo estava a funcionar normal e chegamos à conclusão
que deveria ter sido problemas na bomba de gasolina derivado do muito calor que
estava, e de ter tido o carro muito tempo a trabalhar antes da partida, um
problema conhecido como vaporização da gasolina, e decidimos que para a segunda
subida iriamos ter o carro o menor tempo possível a trabalhar antes da partida.
E assim fizemos, levamos o carro até ao local onde se
alinhava por ordem numérica e desligamos o carro, e quando foi a vez de
chegarmos à frente vamos para por a trabalhar e ... nada, recusou-se a pegar. A
bomba de gasolina tinha entregue a alma ao criador e deixou de funcionar. Nem
com um banho refrescante quis trabalhar, e a segunda subida de prova já era.
Mas tinha que resolver o problema pelo menos para regressar a casa.
Primeiro houve dois amigos que se prontificaram a emprestar
uma bomba pois tinham duas no carro, mas como as tinham em paralelo não iria
ser possível tirar uma, mesmo assim muito obrigado João e Rui.
Finalmente na carrinha do Filipe sport, lá encontrei uma
bomba que se prontificaram a me emprestar. Muito Obrigado Filipe, e toca a
tentar adaptá-la, pois as uniões eram diferentes, aqui com a ajuda do Vítor
Santos que por lá passou para ver os carros, mas teve que sujar as mão ;o).
Finalmente o carro a trabalhar fomos ver se ainda íamos a
tempo da ultima subida, o que foi possível pois tinham interrompido as subidas
para retirar uns carros acidentados, e assim ainda deu para fazer a ultima subida
sem pressões, mesmo tirando pé no local onde tinha havido a acidente consegui
tirar mais um segundo ao tempo que tinha feito nos treinos.
Depois da entrega de prémios ainda subimos mais uma vez a Rampa,
mas desta vez para parar-mos no final, na Tasca da D.Maria dos Queijos, onde
terminámos o dia em festa !