Nos passados dias 15 e 16 de Junho, foi a vez de mais um
Rali a navegar. Desta vez um Rali em que eu já gostaria de ter participado
antes, visto ser uma prova já com largas tradições e conhecida como a mais difícil
que por cá se realiza. Trata-se do Rali Rainha Santa, organizado pelo Clube
Automóvel do Centro. Para esta prova iríamos levar mais um aparelho em estreia para
mim, o tão afamado Blunik. Tudo começou na 5ª feira antes do Rali, em que
resolvemos ir fazer um ensaio secreto com o aparelho, e claro está que ainda
não tínhamos chegado a casa e já havia fotos dos testes divulgadas na internet.
Então sábado bem cedo lá ruma-mos em direcção a Coimbra para as verificações e últimos
acertos dentro do carro.
Após a partida seguimos para o local onde começava a
primeira especial, e após varias tentativas de por o Blunik a funcionar lá
arrancamos, pois a nossa hora ideal já tinha passado, e assim a primeira
especial foi toda à vela, pois de tão confiantes estávamos com o desempenho do
aparelho que não havia plano B. Segunda especial, desta vez já com o aparelho a
funcionar, segundo tempo da especial e já a moral animava um pouco. Durante a
1ª secção só tivemos mais uma especial à vela, pois esta era com outro tipo de
tabelas e não a tínhamos programado bem. Lá tentamos inventar um plano B em
cima do joelho e a segunda parte da especial já foi razoável. Chegados à hora
do almoço verifiquei o aspecto melhor que o aparelho tem. Desta vez tive tempo
de almoçar descansado em vez de passar o tem
po todo a fazer contas, e mesmo com
todos os contratempos estávamos no 13º lugar. Foi de tal maneira relaxante que
mal arrancamos para a 2ª secção, 500 metros depois já estávamos enganados. Toca de
acelerar e começar a 1ª especial da tarde com quase 30 segundos de atraso, e como era
a famosa especial com as subidas e descidas de Oliveira do Hospital o resultado
estava arrumada nesta especial.
Durante o resto da secção correu tudo já
tranquilo. Nas especiais em que o aparelho estava bem programado fomos-nos
safando bem, e nas que tinham as tais tabelas diferentes, uma delas com a
tabela entregue no local e à hora da partida, tão à hora que me esqueci de
ligar o relógio, e só o fiz 2 minutos depois, lá nos fomos safando improvisando
planos B. Chegados à hora de jantar verificamos que tínhamos subido 3 lugares,
e estávamos então no 10º, e voltamos a ter tempo para comer tranquilamente,
desta vez em Góis. Finalmente a última secção, nocturna, que nos iria levar até
Coimbra, apenas uma hesitação minha na zona mais crítica da secção e que nos
fez perder alguns segundos, e encerramos a secção com uma especial urbana em
Coimbra com muito publico a assistir e a dar um bom ambiente de festa. Após um
beberete nas Docas à beira rio, fomos deitar que no dia seguinte ainda havia um
Slalom de encerramento, e aqui o meu chauffeur aplicou-se muito bem tendo feito
uma prova irrepreensível arrancando o 1º lugar da especial e uma forte ovação
do público.
Resultado final, 9º lugar da geral, 1º da classe 5 e 1º do Slalom.
Como balanço final podemos dar-nos por muito satisfeitos
pois aprendemos muito nesta prova, tanto a trabalhar com o novo aparelho como
com os erros que cometemos, e que nos servirão de ensinamento para provas
futuras. Ainda uma palavra de agradecimento a toda a equipa do Clube Automóvel
do Centro, encabeçada por Jorge Conde, que organizou a prova, que esteve
excelente em todos os aspectos, tanto desportivos, como sociais e pela escolha
do percurso que nos levou a locais espectaculares tanto de beleza natural como
de dificuldade na parte competitiva.
Foi anunciado que o formato do Rali vai
ser alterado. Aguardaremos para ver como será, mas fiquei com muita vontade de
repetir esta prova, mas no banco que tem o volante à frente.