No passado fim de semana disputou-se a segunda prova do Troféu Automóvel Ribatejano, o Passeio Automóvel em Regularidade de Tomar.
Como o Visa ainda não está pronto, estivemos presentes, tal como na edição do ano passado com o BX Sport.
Embora ache que este carro será muito bom para este tipo de provas, tendo apenas duas falhas, uma fácil de resolver, que é colocar um manómetro de temperatura da água, sem furar nada no tablier, e a outra que não é fácil de solucionar e que é ter o travão de mão às rodas da frente, não o pretendo utilizar muito neste tipo de eventos pois leva sempre uma "esfrega" maior do que pretendemos.
Na semana anterior colocamos os nossos instrumentos de trabalho, que são do mais simples que se encontra neste tipo de eventos. Um relógio-cronómetro Big-Digit e um GPS pedestre, que ganhamos num concurso de foto orientação de um Encontro Ibérico Land Rover, que serve de odómetro e nos dá a velocidade média da deslocação, e estava tudo pronto para o grande dia.
Chegado o dia 10, fomos até Tomar para as normais verificações administrativas e inicio do Passeio, que foi a seguir ao almoço. Neste primeiro dia tivemos 2 secções, em que as 10 provas de regularidade eram entremeadas com duas provas de velocidade realizadas no Kartodromo de Abrantes. As provas de regularidade correram muito bem, sem erros de percurso e cumprindo as médias pretendidas, mesmo se em algumas provas com médias mais puxadas era preciso dar bastante ao pedal para não se fugir muito a elas, mesmo numa prova em que parte do percurso era feito por mapa, correu tudo muito bem. Nas provas de velocidade também não houve problemas, sendo o único senão a falta de uns bons pneus pois estes, principalmente na prova realizada á tarde com bastante calor, escorregavam muito.
O etapa terminou já tarde, pela uma da manhã depois de uma secção nocturna que foi muito do nosso agrado, e em que chegamos cansados mas com a sensação de dever cumprido. Bebida a mine de reconforto com os nossos amigos do Ferodo Queimado, perdão Delírios da Cevada, foi hora de recolher, que no dia seguinte havia mais.
No segundo dia antes da partida quando ligamos o carro para ir por gasolina, este fez um chiar que nos deixou preocupados. Após análise do ruído verifiquei que era da bomba hidráulica de alta pressão que neste tipo de carros alimenta os travões, suspensão e assistência da direcção que estava a dar sinais de cansaço. Durante o dia anterior tinha verificado que a esfera que serve de acumulador de pressão desse sistema já tinha dado as ultimas pois a travagem já se tornava mais pesada e em curvas apertadas com pouca rotação a direcção ficava mais pesada.
Como com os meios disponíveis não havia nada a fazer, foi seguir viagem até que a bomba aguentasse e sem dizer nada a ninguém para não haver agoiros.
Este segundo dia começou com uma prova numa zona industrial em que o ano passado tínhamos metido o pé na poça até ao tornozelo e nos fez sair dos 10 primeiros, mas desta vez fizemos as pazes e correu tudo bem, tal como o resto da manhã em que andamos por zonas habituadas a automóveis junto a Figueiró dos Vinhos. Apenas tivemos um carro a puxar um barco maior que ele e a carrinha do pão por duas vezes em que pensamos que iríamos perder tempo, mas felizmente tudo se passou sem problemas, tirando a bomba se ir queixando mais frequentemente e os problemas de travões e falta de assistência se irem agravando, e lá chegámos a Castanheira de Pera, para o almoço à beira da Praia das Rocas.
Classificações do primeiro dia é que nada, pelo menos era menos uma coisa a pressionar.
Após o almoço é que tudo se complicou. Deu uma preguiça que só dava vontade de dormir a cesta. O navegador ainda fez um bocadinho e eu bebi mais um café para não quebrar o ritmo.
Da parte da tarde começamos por mais uma especial no troço de Chimpeles e fomos rumando de regresso a Tomar onde terminou a etapa com uma prova de maneabilidade (perícia).
Correu tudo 5 estrelas, novamente sem erros no percurso e a média sempre muito certinha pelo pretendido e a leitura no GPS durante as especiais de regularidade e na perícia foi andar o melhor sem enganos e tentando dar as voltas todas à primeira sem ter que fazer marcha atráz porque o travão de mão às rodas de tráz faz muita falta nestas situações, e a bomba não piorou.
De seguida fomos para o Convento de Cristo onde foi servido o jantar e de seguida a entrega de prémios, e aqui é que aconteceu a maior surpresa do dia, pois se pela prova isenta de erros de estrada que tínhamos feito e tudo dentro dos tempos pretendidos com os instrumentos disponíveis tinhamos esperança de estar entre os 10 primeiros, ter ficado no pódio com o 3º lugar da geral foi uma alegria enorme que nos deixou muito felizes.
Termino com duas fotografias de Joana Queiroz, que poderão ver o álbum completo do Passeio no Blogue do Ferodo Queimado http://ferodoqueimado.blogspot.com/ , uma do pódio e outra durante uma especial de regularidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário