quinta-feira, 29 de abril de 2010

Recordações

Resolvi aproveitar este espaço para vos ir contando algumas recordações que fui guardando ao longo dos anos seguindo o desporto automóvel.

Tentarei, sempre que possível, que estas coincidam com algum evento importante que esteja a acontecer.

É o caso desta primeira mensagem que tem a ver com uma prova que foi a mais importante do seu tipo à uns anos, mas que infelizmente se deixou de realizar após a edição de 2001, vindo este ano voltar a ser realizada, e que se trata da Rampa da Falperra em Braga.


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A história que vou contar tem a ver com a minha presença na edição de 1989, em que fui participar à ultíma da hora, como era muito comum na altura, tendo chegado na sexta ao fim da tarde para verificações e tentar fazer umas subidas para ver para que lado eram as curvas. Só que nas verificações foi detectado que o carro estava com a trazeira mais baixa do que era permitido. Como não havia mecânico conosco, eu e o João Paulo Almeida que me acompanhava nessa prova, tivemos que arranjar quem nos fizesse o serviço, quando finalmente tivemos o carro na altura e o selo das verificações já era bastante tarde e a rampa parecia a Avenida da Liberdade em hora de ponta, lá fomos deitar sem saber para que lado eram as curvas.
A situação que levou a escrever esta recordação foi logo de manhã quando estava já preparado para a primeira subida de treinos, um verificador olha para dentro do carro e diz que não posso subir porque não tinha extintor manual. Realmente não tinha porque nas provas anteriores em circuito, e como o carro tinha um sistema de extinção automático, não era exigido o manual, só que nas rampas tinha que se ter os dois. Começou então a correria para resolvermos a situação. Um pouco depois aparece o João com um extintor quase maior que ele que tinha sido emprestado pelo condutor de um semi-reboque de um fabricante de pneus que estava lá em serviço. Primeira parte resolvida, de seguida tinhamos outra como o fixar ao carro ? Também não houve problema porque o João tirou cinto das calças e lá o atou ao roll-bar. Para terem uma ideia do tamanho dele, ele em pé assente no piso do carro, via-se o gatilho pela janela.
E assim lá fui Rampa acima com o extintor à janela e o João cá em baixo a segurar as calças. O resultado foi o que menos importou, o importante foi que me diverti imenso e lá ficou mais uma história para contar vinte anos depois.

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